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Edmundo Migliaccio

Nascimento: 05 de dezembro de 1903, em Caconde-SP.
Falecimento: 27 de julho de 1983, em São Paulo. 
Filho de: Santa Frontieri Migliaccio e Domingos Migliaccio, naturais da Itália.
Profissão: Pintor Artístico e Professor.
Estudos Primários: Grupo Escolar Dr. Cândido Rodrigues, em São José do Rio Pardo, Grupo Escolar Dr. Cândido Lobo, em Caconde.
Pintura Artística: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e Instituto Profissional Masculino do Brás, em São Paulo, atualmente Escola Técnica Getúlio Vargas.
Mestres: Erinco Vio, Angelo Cantú, Nicola Rolllo, Torquato Bassi, José Barchitta. 
Influências: Rembrandt, Almeida Júnior, pintores neoclássicos.
Escola: neoclássica, neorrealismo do século XX.  
Díscipulos e alunos destacados: Anna Grimaldi Cortazzio, Antonio Sérgio Migliaccio – sobrinho do pintor; Ivolnido Novaes; José Quirino; Hassib Abrahão; Luiz Sacilotto, mestre concretista no Brasil; Osmar Silva Maciel, Nair Lopes; Otcávio Ferreira de Araújo; Salvador Rodrigues, Santino Jaime Mauro. 

Fotografia de Edmundo Migliaccio

Edmundo Migliaccio

Um pouco de sua história

Edmundo Migliaccio é descendente de italianos, que vieram para o Brasil no fim do século XIX. Nascido em Caconde, Estado de São Paulo, em 05 de dezembro de 1903, desde menino se sentiu atraído para a pintura, sendo um ótimo desenhista. Sua família levava uma vida muito humilde trabalhando na agricultura. Por ver seu talento, os fazendeiros João Batista de Lima Figueiredo (Joãzinho Gomes) e sua esposa Dona Esméria Ribeiro do Valle, decidiram patrocinar seus estudos de pintura em São Paulo. 


Em São Paulo, o pintor encontrou inúmeras dificuldades, principalmente depois da morte de sua maior benfeitora, Dona Esméria do Valle. Ali encontrou amigos que o ajudaram. Morou primeiramente em uma pensão, no bairro do Brás, depois com a família de José Carrara, e finalmente com a família de Salvador Luzzi, casando-se em 1924, com a filha dele, Josephina Luzzi Migliaccio, com quem teve três filhos: Rubens, Joval e Jurema.


Após se diplomar em pintura artística, Migliaccio se tornou professor de pintura na Escola Getúlio Vargas, lecionando aí por mais de trinta anos. Ao se aposentar, continuou ainda lecionando em seu ateliê pessoal, no bairro do Brás em São Paulo. Pintou inúmeras obras, as mais famosas são: três telas à óleo, que se encontram na Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde, representando figuras sacras; a do “Apóstolo São Paulo”, no acervo da Câmara Municipal de São Paulo; o “Sertanista”, no acervo do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo; um painel intitulado “Raças”, na sede da Igreja Messiânica Mundial, no Japão; a “Via Crucis”, na Catedral Ortodoxa Grega São Pedro e São Paulo, no bairro do Brás em São Paulo; retratos de bispos e padres, obras do Acervo da Cúria Metropolitana de São Paulo; “Euclides da Cunha” e o pastel “Auto retrato”, obras do acervo da Prefeitura Municipal de Caconde. 


Migliaccio se consagrou recebendo inúmeras homenagens, prêmios e condecorações, foi agraciado com o título de “Cidadão Paulistano”, pela Câmara Municipal de São Paulo, em 1962. Foi membro fundador da Associação Paulista de Belas Artes, em 1942. Participou de diversas exposições, suas obras viajaram o mundo. Recebeu inúmeros prêmios e menções honrosas pelos seus trabalhos.
Edmundo Migliaccio faleceu em 27 de julho de 1983, no Hospital do Servidor Público em São Paulo, depois de sofrer derrames, sendo sepultado no Cemitério do Brás. Flávio Migliaccio e Dirce Migliaccio, atores globais, eram seus sobrinhos e sempre foram incentivados por ele. 


Na capital paulista, uma praça no Alto da Mooca leva seu nome. Em Caconde, a Casa da Cultura, sediada em um edifício do início do século XX, é consagrada ao pintor cacondense. Seu nome está incluído nas principais enciclopédias de artes no Brasil.

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O que posso falar sobre o Professor?!


Ele foi muito amado e admirado. Convivi com ele vinte e dois anos, tudo que sei de desenho e pintura, aprendi com ele. Como os aprendizes dos grandes mestres, Da Vinci, Michelangelo, Caravaggio, Rembrandt, eu limpei seus pincéis, a sua paleta e muitas vezes preparei suas telas e até mesmo coloquei-as na moldura.


Acompanhei a pintura das três telas de Caconde; a pintura de toda a Via Sacra e a Ceia da Igreja Ortodoxa Grega, na Rua Bresser, no Brás; os retratos de bispos e padres da Cúria Metropolitana de São Paulo; retrato de ex-presidentes do Club Paulistano. Acompanhei também a pintura das telas: "Difícil Restauração", que recebeu a pequena medalha de ouro no Salão Paulista de Belas Artes; de "A Espera"; de "Inspiração"; o "Autorretrato"; o "Vendedor de Ilusões"; e do painel "As Raças", que está no Japão, por encomenda da Igreja Messiânica.


É muito difícil enumerar tudo, só digo que fui muito feliz de conviver com o Mestre, ele foi uma pessoa feliz, realizada. Ele amava a vida, sua família, sua esposa, filhos, netos, todos que conviviam com ele. Muito alegre, extremamente espirituoso, tinha sempre um "causo" para contar e fazer os outros rirem.


Fico feliz por esta homenagem que fazem a ele! Parabéns, dona Santa e senhor Domingos! Parabéns, Caconde, por este filho dileto! Sou grata a Deus por vivenciar isto tudo!

São Paulo, 22 de novembro de 2012.
Anna Grimaldi Cortazzio
Artista Plástica

 

Alguns depoimentos 

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